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Docentes da UECE deliberam greve nos campi do interior e capital. Entre as reivindicações estão o concurso público para professores efetivos, a fim de cobrir uma carência de 295 vagas

31 de Outubro de 2013 às 16:26:55



Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (29), os docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) deliberaram greve nos campi do interior e da capital, por ampla maioria. De acordo com Sinduece, Seção Sindical do ANDES-SN, ao todo, 275 professores assinaram o livro de frequencia, sendo que 254 pronunciaram-se sobre a deflagração da greve nas seguintes proporções: três abstenções, 97 contra e 155 a favor da greve. Os docentes deflagraram greve geral por tempo indeterminado somando-se aos estudantes que já haviam deliberado pela paralisação desde o último dia 22 e à comunidade acadêmica da Faculdade de Educação de Itapipoca (Facedi,) em greve desde 18 de setembro de 2013.

Entre as reivindicações estão o concurso público para professores efetivos, a fim de cobrir uma carência de 295 vagas; a regulamentação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) - Dedicação Exclusiva, Mudança de Regime de Trabalho, Ascensão para a classe de professor associado, Afastamento de docentes para pós-graduação e pós-doutorado; e Gratificação por trabalho perigoso ou insalubre -; ampliação de investimentos em infraestrurura e para incentivo à iniciação científica; acessibilidade e auxílio pedagógico para alunos com necessidades especiais; e assistência estudantil. Os professores haviam deflagrado estado de greve desde a última terça-feira (22). "Ainda hoje [29] vamos entrar com a protocolação da pauta de reivindicações da assembleia na reitoria e no Governo, para que se saiba, de forma oficial, a nossa greve, e nossas reivindicações, que são muitas", declarou a presidente do Sinduece, Elda Maciel, ao Diário do Nordeste.

No dia 29, o Sinduece divulgou uma nota para a assembleia que deliberou sobre a greve, no qual afirma que o governo não dialoga e nega todas as reivindicações. "Depois de quatro anos de seguidas â??rodas de conversaâ?? com a Secitece e muitas manifestações que resultaram numa reunião com o governador Cid Gomes em novembro de 2012, as conversações não passaram de espaços de comunicação unilateral do governo. Não por intransigência dos professores, estudantes e funcionários, mas pelo fato de, depois de todo este tempo, o Governo não apresentar nenhuma resposta positiva às reivindicações da comunidade universitária", afirma a Seção Sindical do ANDES -SN.

O documento apresenta a pauta dos docentes, que tem sido apresentada desde fevereiro de 2011 (confira na íntegra). O Sinduece afirma ainda que defende a deflagração da greve para reabrir a negociação efetiva com o governo do Ceará, para conquistar as reivindicações.

* Com informações do Sinduece, G1 e do Diário do Nordeste