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Docentes das universidades estaduais do Paraná discutem em assembleias que se realizam entre os dias 30 e 31 possibilidade de paralisação

30 de Outubro de 2013 às 17:16:24

Diante da suspensão do pagamento pelo governo da segunda parcela de 7,14% no mês de outubro, correspondente ao reajuste aprovado em lei em 2012, os docentes da Uem, Uel, Uepg, Unespar, Unicentro e Unioeste, no Paraná, indicam a realização de paralisação das atividades docentes na próxima quinta-feira (31), caso o governo insista em descumprir a lei.

Os professores estiveram reunidos no último dia 26, sábado, em Curitiba. Em nota publicada no dia 26, os sindicatos docentes se manifestaram contrárias a postura adotada pelo governo. "Lamentamos que o governo estadual, novamente, descumpra acordo, firmado em lei, feito com os docentes das universidades. Esperamos que o pagamento dos 7,14% seja efetuado imediatamente. Caso o governo estadual continue descumprindo os acordos com a categoria, os docentes das universidades estaduais poderão desencadear nova greve pois, paciência tem limite. Os docentes já demonstraram que tem disposição para o diálogo, sempre que possível, mas se for necessário irão paralisar suas atividades. Cabe ao governo estadual decidir , afirmam as entidades (confira na íntegra).

O documento relata que, no último dia 22, o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, anunciou que o pagamento de parcela do reajuste salarial docente de 7,14%, determinado para outubro pela lei estadual 17.280/2012, será feito apenas no mês de novembro. O secretário não explicou o motivo da suspensão. O percentual integra o acordo estabelecido com o governo do Paraná, resultante da greve docente realizada em agosto de 2012, que definiu uma reposição salarial em quatro parcelas de 7,14% a serem pagas nos meses de outubro até 2015. Tal acordo foi transformado na Lei Estadual nº 17.280, publicada em Diário Oficial no dia 22 de agosto de 2012. "Destacamos que não há justificativas para a suspensão do pagamento da 2ª parcela de um reajuste garantido por lei estadual.

A arrecadação do Estado aumentou ao longo deste ano, o que levou o próprio ex-secretário da Fazenda, Luis Carlos Hauly, a afirmar em 1º de outubro que â??vamos cumprir integralmente o orçamento, ou seja, honrar todos os nossos compromissos pontualmenteâ??. Dados oficiais informam ainda que o PIB paranaense foi o segundo que mais cresceu percentualmente, ficando atrás apenas de São Paulo. Ao que parece a saúde das contas do Estado permitiram o pagamento de R$ 240 milhões com propaganda nos últimos 12 meses, incluindo aparições de atriz global enaltecendo o "respeito" do governo estadual com os professores da rede estadual. Por tantas razões, suspender o depósito dos 7,14% revela o que o governo pensa de nós, em clara ação de desrespeito, ultraje e aviltamento", afirma a nota.

Assembleias

Para discutir o descumprimento do acordo por parte do governo, a Sesduem - Seção Sindical do ANDES-SN - realizará assembleia nesta quarta-feira (30), às 15h30, no Auditório do Dacese, e debaterá a mobilização no dia 31. A Adunicentro - Seção Sindical do ANDES-SN - tem assembleia marcada para a próxima quinta-feira (31), às 16h, no campus do Cedeteg. No dia em que estava marcado o pagamento da segunda parcela, 30 de outubro, o Sinduepg - Seção Sindical do ANDES-SN - realizará um protesto, com assembleia que deve votar o indicativo de greve na Uepg. Moção Durante o encerramento do VII Encontro Intersetorial do ANDES-SN, que reuniu docentes de todo o país em Brasília entre os dias 25 e 27 de outubro, o Sindicato Nacional aprovou uma moção em apoio aos docentes, que exige que o governo do Paraná atenda à reivindicação dos professores das universidades estaduais em relação ao pagamento dos 7,14%. Leia aqui o documento.