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DCE da UNICENTRO divulga nota acerca da ocupação do prédio da reitoria

14 de Agosto de 2013 às 15:37:19

***NOTA PARA IMPRENSA***

Movimento - Resistência Universitária - Unicentro
Ocupação Amarildo!

Não é novidade a política de precarização que o governo do Estado do Paraná vem praticando de forma irresponsável, atingindo todas as universidades estaduais e suas comunidades acadêmicas. Na Unicentro, chegamos a um ponto que tal precariedade compromete a formação e a manutenção dos estudantes, obrigando muitos a desistirem do sonho de cursar o Ensino Superior - a evasão escolar chega a 45% - fato explicado pelas características socioeconomicas da região onde estamos inseridos. Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), estamos na região com o IDHM mais baixo do estado do Paraná e da região sul do Brasil, e que tem o pior atendimento de assistência estudantil dentre as universidades estaduais, não dispondo nem de um Restaurante Universitário Estatizado (RU) - sendo essa nossa maior bandeira.
O Movimento Estudantil da Unicentro, organizado por estudantes de diversos cursos, Centros Acadêmicos e o Diretório Central dos Estudantes, identificou que a negligência em investimentos afeta de forma difusa toda a Unicentro, e desse diagnóstico surgiram três pautas de revindicações: de responsabilidade da administração de campus, da reitoria e do governo estadual; que inclusive extrapola o âmbito estudantil direto e que revindicamos também a nomeação imediata dos 60 professores que fizeram concurso e que muitos aguardam há dois anos, contratação de mais professores colaboradores, abertura de concurso para funcionários.
A primeira ocupação da Unicentro, de 24 horas, foi um aviso aos responsáveis pela situação precária que chegamos. A reitoria repassou ao Movimento que foi marcada uma audiência com o então secretário da SETI, Alípio Leal, para o dia 14 de agosto, às 15 horas. Com o pedido de exoneração do mesmo, revindicamos dois pedidos diretos: por ficarmos sem a perspectiva de uma negociação com a SETI que incluiria o projeto da estatização do restaurante da Unicentro para a aprovação da ALEP no orçamento 2014, exigimos do governador Beto Richa a mesa de negociação, pois não nos interessa apenas informar o governo estadual dos problemas, e sim resolvê-los. O segundo pedido é que a Comissão de estudo de estatização do RU da Unicentro, presidida pelo vice-reitor Osmar Ambrósio, nos entregue o relatório dos custeios totais da estatização - que já se encontra em atraso há um mês - para podermos ter um número para negociar com o governo.
É importante destacar que a estatização do restaurante da Unicentro impactará não só a vida dos estudantes e da comunidade acadêmica, e sim da sociedade envolvida com a Unicentro, pois além de ser uma ação de assistência estudantil, gerará empregos através de concursos para o pessoal diretamente envolvido, fornecedores, futuros estudantes e trabalhadores que cursarão a Unicentro.