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Em protesto pela falta de professores e com laboratórios e acervos bibliográficos precários, estudantes fecham campus da UFOB por tempo indeterminado

12 de Agosto de 2013 às 18:49:30


Estudantes da Ufob protestam por melhorias e fecham campus







  • Miriam Hermes | Ag. A TARDE

    Os estudantes impediram o acesso ao campus da Prainha, em Barreiras




Alunos do curso de engenharia civil da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) iniciaram na manhã desta segunda-feira, 12, uma mobilização cobrando mais professores, laboratórios e acervo bibliográfico. Durante a manifestação, os estudantes impediram o acesso, ao campus da Prainha, de professores, funcionários e alunos de outros cursos, por tempo indeterminado.

A proposta dos estudantes "é manter a mobilização até que haja garantia de soluções (para os problemas) com prazos estabelecidos", informou o representante do movimento, Videnicio Reis Batista, 20 anos.

Para exemplificar a situação do curso, ele destacou que para o próximo semestre a área de engenharia civil terá apenas três professores para os 170 alunos matriculados.  "Além disso, dos sete laboratórios que deveríamos contar, apenas dois já estão funcionando", afirmou.

O curso de engenharia civil teve início na cidade em 2009, ainda como campus da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e diversas cobranças já foram feitas para normalizar as deficiências, conforme os estudantes.

"Em maio de 2011, entregamos para a professora Iracema Santos Veloso (hoje reitora temporária do Ufob, mas na época na área de planejamento da Ufba), as demandas do curso, mas, até hoje, não obtivemos resposta positiva para resolver os problemas", afirmou Batista.

Atrasos - A estudante Priscila Santos Ribeiro, 20 anos, é de Montes Claros (MG) e há dois anos está em Barreiras para fazer o curso. "Com a falta de professores e outras carências, estou com oito disciplinas em atraso", reclamou.

A aluna enfatizou que a família é a mantém na Bahia para estudar "e o projeto que tínhamos era para eu ficasse aqui por cinco anos (tempo do curso), mas esse prazo será maior e os custos também, atrapalhando nosso projeto inicial", afirmou.

Ela contou ainda que, diante desta situação difícil, "tem alunos pensando em fazer o Enem de novo, para tentar vagas em outras universidades, uma vez que aqui não se tem a perspectiva de quanto tempo vamos precisar para concluir todas as disciplinas".

Hoje à tarde terá uma reunião de representantes de 12 cursos ativos na Ufob, como engenharia civil, com a reitora para discutir as demandas em busca de soluções.