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Professor da UNICENTRO é indicado para compor Comissão Nacional da Verdade que irá apurar crimes de tortura, prisão, assassinatos, exílio, aposentadorias compulsórias entre outros promovidos pela ditadura militar

22 de Julho de 2013 às 00:49:28

58º Conad define composição da Comissão da Verdade do ANDES-SN

A composição da Comissão da Verdade do ANDES-SN foi deliberada na manhã deste domingo (20), e terá três membros efetivos, um da diretoria e dois eleitos pelo Conad, além de três suplentes. Os professores Márcio de Oliveira, secretário-geral do ANDES-SN, Helvio Mariano (Adunicentro) e Edson Teixeira (Aduff) foram escolhidos como membros efetivos. Os três suplentes são: Paulo Cambraia, diretor do ANDES-SN, Elídio Alexandre Borges Marques (Adufrj) e Antonio Lisboa (Adufcg). A decisão foi aplaudida pela plenária.

Os delegados deliberaram também que a comissão se reúna já no próximo mês, em conjunto com o Grupo de Trabalho de História do Movimento Docente (GTHMD) para definir o plano de trabalho, funcionamento e atividades a serem desenvolvidas. As Seções Sindicais serão convocadas a participar do encontro. Segundo Helvio Mariano, que apresentou o texto de resolução no 32º Congresso do ANDES-SN, propondo a criação da comissão, a ideia surgiu pois se percebeu que era necessário que os trabalhadores também fizessem sua própria comissão da verdade, uma vez que há várias discordâncias em relação à forma como foi constituída e como trabalha a Comissão Nacional da Verdade.

Mariano conta que a proposta foi apresentada para que o "ANDES-SN também constituísse a sua comissão da verdade, e contasse a sua própria versão da história dos trabalhadores, que foram perseguidos torturados e mortos no período de 64 a 84, conforme foi aprovado no congresso". Segundo o representante da Adunicentro, os delegados do 32º Congresso do ANDES-SN, ocorrido em março no Rio de Janeiro, aprovaram ainda que o trabalho da comissão não fique restrito aos docentes e se debruce sobre casos envolvendo o conjunto da comunidade acadêmica.

"A expectativa é grande. Um dos setores que teve o maior número de pessoas perseguidas, demitidas, torturadas e executadas durante o período de ditadura militar está dentro das universidades e boa parte desses casos não vieram a tona e continuam às margens da discussão", conta Mariano.

O docente ressalta que é extremamente importante que haja envolvimento das seções sindicais no processo e a integração da Comissão da Verdade do ANDES-SN com aquelas já constituídas em algumas seçõe s sindicais. "É fundamental que as comissões locais se comuniquem com a comissão nacional, porque elas poderão subsidiar os trabalhos através da coleta de documentos, realização de entrevistas. Isso facilitará o trabalho e possibilitará que tenhamos um relatório muito mais amplo", conclui.

A Comissão da Verdade do ANDES-SN deverá apresentar o primeiro relatório de suas atividades no 33º Congresso da entidade, para avaliação dos delegados.