Adunicentro e Unimed promovem palestra e debate sobre adoecimento docente nesta quarta-feira (19). A problemática do produtivismo e sobrecarga imposta ao docente têm sido objeto de diversas pesquisas

Ao docente universitário é exigido hoje, que ofereça qualidade de ensino, pesquisa e extensão dentro um sistema massificado, baseado na competitividade, porém com recursos disponíveis cada vez mais precários e escassos. Numa política governamental que precariza o trabalho, cada vez mais os docentes assumem tarefas burocráticas e administrativas ao mesmo tempo em que aumenta a pressão por metas e produtividade. Face ao estrangulamento do orçamento público destinado às universidades passou-se a impor ao docente a obrigação deste captar recursos, cada vez mais disputados, para equipar seu laboratório e/ou manter sua linha de pesquisa. Para isso lhe é exigido um número maior de publicações e orientações. Tarefas tão diversas e crescentes vêm provocando distúrbios psicológicos e físicos em muitos professores. O fenômeno do adoecimento de docentes do ensino superior já despertou a atenção de especialistas, que têm estudado a problemática. O entendimento de que quanto mais o docente estiver esclarecido dos riscos a que está submetido, maiores são suas perspectivas de se proteger da possibilidade de adoecer física e mentalmente. Também, o esclarecimento se torna fundamental pela capacidade de influir nos mecanismos institucionais e, portanto agir coletivamente. O enfrentamento ao problema não pode ser creditado ao indivíduo, tão somente, mas também na estrutura geral do trabalho docente e ao funcionamento dos órgãos de fomento e das universidades.

Por isso car@ colega, convidamos você a participar desta discussão com o psicólogo Dr. Sílvio Ortiz e a direção do sindicato. Queremos discutir este assunto com você, mas principalmente ouvi-lo. A construção de um ambiente de trabalho saudável é uma tarefa coletiva."