Polícia goiana reprime com violência ato de estudantes contra tarifa de ônibus. O Colegiado do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de Goiás (UFG) publicou, nesta quarta (29), uma moção repudiando

No início da noite desta terça-feira (28), em Goiânia, integrantes da Polícia Militar entraram em conflito com estudantes em protesto contra o aumento da passagem do transporte coletivo.  A manifestação começou com cerca de 300 estudantes na Praça Universitária. Os manifestantes seguiram para a Praça da Bíblia, e lá se depararam com a cavalaria da polícia, que estava à espera do grupo.

Assim como em Goiânia, diversas cidades brasileiras como Porto Alegre (RS), Natal (RN), Curitiba (PR), Feira de Santana (BA), Piracicaba (SP) já foram palco, só neste ano, de expressivos protestos da população usuária do transporte público, principalmente os estudantes, contra os aumentos abusivos nas tarifas. Muitas destas manifestações também foram duramente reprimidas pela Polícia, numa clara demonstração de utilização da força armada pública contra a população e em defesa dos interesses das empresas prestadoras do serviço.
Esta é a quarta manifestação contra o aumento da tarifa do transporte coletivo realizada neste mês na capital de Goiás. No último dia 8, um grupo de aproximadamente 150 estudantes parou o trânsito no centro da cidade. A manifestação foi organizada pela recém-criada "Frente Contra o Aumento da Passagem", que também luta pelo passe livre para os estudantes.

Na semana seguinte, no dia 16, três estudantes foram presos após participarem de um protesto no Terminal da Praça A. A terceira manifestação contou com cerca de 200 estudantes na Praça Universitária no fim da tarde da última quarta-feira (20). Na ocasião também houve confronto com a PM.

Moção de Repúdio à ação da Polícia Militar de Goiás
O Colegiado do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de Goiás (UFG) publicou, nesta quarta (29), uma moção repudiando a ação da PM goiana, pela forma repressiva com que ela tem se comportado em relação às manifestações contra o aumento das tarifas do transporte coletivo em Goiânia. "Entendemos que num Estado democrático de direito, a manifestação favorável ou contrária às ações do Estado, são prerrogativas de todo e qualquer cidadão, além do que, o aparato policial utilizado contra a manifestação tem sido abusivo e excessivo", diz a nota.

A "Moção de Repúdio à ação violenta da Polícia Militar de Goiás contra as manifestações pelo não aumento das tarifas do transporte coletivo em Goiânia" também manifesta seu apoio à luta dos estudantes contra o aumento da passagem do transporte coletivo em Goiânia e ao livre direito de manifestação e posiciona-se contra o emprego da força policial e contra a criminalização dos movimentos sociais.

* Com informações do Jornal O Popular
* Imagem extraída do portal G1.com