Nesta quarta-feira, 1° de maio, a CSP-Conlutas participa de vários atos classistas e de luta nos estados, em comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador. A expectativa é repetir a disposição da marcha em Brasília, no dia 24 de abril, que reuniu mais de 20 mil pessoas, e preparar manifestações unitárias e em defesa dos trabalhadores.
Os atos têm como objetivo denunciar o Acordo Coletivo Especial (ACE), exigir a anulação da Reforma da Previdência de 2003, comprada com dinheiro do mensalão, o fim do fator previdenciário sem a implantação da fórmula 85/95 e a defesa dos serviços e dos servidores públicos. A reforma agrária e a luta contra as privatizações que vem sendo implantadas pelo governo fazem parte das reivindicações.
As manifestações da CSP-Conlutas também denunciarão a política do governo que desonera os gastos dos empresários com a folha de pagamento e, em contrapartida, ataca o Regime Geral de Previdência do país, em que quase R$ 20 bilhões já foram deixados de ser investidos nas aposentadorias dos trabalhadores. "Vamos contrapor à política de redução de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - que não garante a manutenção de empregos na indústria, como vimos com os trabalhadores na GM de São José dos Campos que convivem como fantasma das demissões em massa. Política esta que também não garante a redução dos preços da cesta básica, cujo imposto igualmente foi exonerado. Ao contrário, itens alimentícios até aumentaram", afirma a Central.
Confira os atos da CPS-Conlutas já confirmados nos estados:
São Paulo - o ato será realizado na Praça da Sé, às 9h, em unidade com as Pastorais, sindicatos e movimento estudantil.
Rio de Janeiro - a concentração do ato será às 10h, na Praça Afonso Pena. Haverá uma passeata até o Maracanã. O ato será em unidade com outros setores independentes.
Ceará - serão organizadas atividades especificas com as categorias. Os trabalhadores da construção civil prometem esquentar esse dia para preparar a greve geral convocada para o dia 2 de maio.
Bahia - o ato será realizado amanhã, às 17h, em unidade com a Intersindical. Haverá panfletagem na Praça da Piedade e coleta de assinaturas contra a Reforma da Previdência.
Minas Gerais - a atividade contará com ato político e ecumênico. A partir das 8h, as entidades se concentram na Praça do Trabalhador e saem em passeata até a Praça da Cemig. No local, ocorrerá um ato político e ecumênico.
Porto Alegre - ato unitário, às 10h, com a participação da CSP-Conlutas e da A CUT Pode Mais, CPERS - Sindicato, Sindmetrÿ-RS, entre outras entidades. A concentração será no Brique da Redenção - Rua José Bonifácio - Bom Fim- Porto Alegre (RS).
Manifesto Internacionalista
O Encontro Internacional do Sindicalismo Alternativo realizado em Paris, França, em março deste ano, do qual a CSP-Conlutas foi uma das organizadoras e teve a participação do ANDES-SN, aprovou, entre outras resoluções, a divulgação de um manifesto conjunto no 1o de maio, aprovado por unanimidade pelos representantes de mais de 60 organizações de 32 países que participaram do Encontro em Paris. O manifesto (confira aqui) será distribuído em dezenas de países nesta quarta-feira (1º).
Com o objetivo de denunciar os planos de austeridade aplicados por diversos governos, que destroem empregos e direitos dos trabalhadores, o manifesto conclama a luta dos trabalha dores. "A defesa dos trabalhadores e dos povos, requer luta decidida contra este sistema que condena a humanidade à barbárie e à destruição do planeta. Exige abandonar toda falsa ilusão com as políticas de reformas sociais e com os governos que realizam esses planos de guerra social. Não há como voltar atrás nessa luta".
Data relembra operários que morreram lutando por direitos
O dia 1º de maio relembra a luta dos operários de Chicago (EUA), em 1886, que morreram para defender a jornada de oito horas diárias. Em 1981, em Paris, os trabalhadores socialistas dos países industrializados da época, reunidos no congresso da Segunda Internacional Socialista, consagraram o 1º de maio como o dia da luta pelas oito horas de trabalho. Naquele tempo, os operários trabalhavam 12, 15 e até 18 horas por dia. Não havia descanso semanal, nem férias.
*Com informações da CSP-Conlutas
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Fonte: ANDES-SN