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Estudantes da UNICENTRO fazem protesto nas vias de acesso ao CEDETEG contra fechamento do Hospital Veterinário

22 de Abril de 2013 às 20:37:17


Estudantes do curso de Medicina Veterinária da Unicentro realizaram hoje (22)  protesto em frente a instituição contra o fechamento do hospital veterinário. Segundo os alunos o local é utilizado para laboratório, aulas e atende a comunidade. O fechamento da clínica prejudica os estudantes que ali realizam seu treinamento e também os usuários dos serviços disponibilizados pelo hospital.

Os estudantes protestam contra falta de diversos medicamentos, entre eles anestésicos e analgésicos, sem os quais diversos procedimentos são impraticáveis e as atividades de atendimento paralisadas.

Foto 2: Rafaela Tremea

De acordo com a estudante do 5º ano da graduação, Priscila Ikeda, 21, a manifestação foi promovida pelo Centro Acadêmico. "Desde que entrei na faculdade a situação é essa. A gente entende a burocracia que há nesses casos, mas achamos injusto que a clínica produza tanto e não tenha retorno", disse.

Segundo ela, faltam recursos necessários para garantir o conforto dos animais, que muitas vezes utilizam medicamentos controlados que precisam ser comprados pela universidade. "Essa manifestação aconteceu para que todos saibam que estamos cientes da situação da Clínica Escola e que queremos uma resposta", ressaltou a acadêmica.

Clínica Escola
Durante o curso, existem disciplinas em que a clínica é fundamental para a realização das atividades. Conforme explicou o diretor da Clínica Escola de Veterinária, Rodrigo Antonio Martins de Souza, as dificuldades não surgiram este ano. A clínica depende das compras por parte da universidade, e a demora para receber os itens prejudica a prestação de serviços.

"Os medicamentos que precisamos só a universidade pode adquirir, são medicamentos controlados e devem ter registro. Mas o que está acontecendo é uma situação constante. Todos os anos a clínica tem dificuldade para adquirir esses medicamentos e insumos", afirmou o professor.

De acordo com o diretor, houve aumento no número de atendimentos nos últimos anos e, com isso, o consumo de material foi mais rápido. Medicamentos essenciais, como anestésicos, analgésicos e soro, não podem ser oferecidos e isso compromete o atendimento, levando à possibilidade de fechamento da clínica.

"Se chegar um cavalo não tem como fazer soro, então, não temos condições de atender pacientes novos. A clínica continua atendendo os que estavam em tratamento, há ainda alguns internados, outros vêm e fazem curativos, mas, em caso de acidente, por exemplo, para evitar perda de tempo no socorro, eles são direcionados para clínicas particulares", explicou.

Com informações do jornal Diário de Guarapuava