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Pelo menos cinco militantes da ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) iniciaram nesta terça-feira (13) uma greve de fome para cobrar a criação de cotas raciais e sociais na Universidade Estadu

18 de Novembro de 2012 às 16:10:46

Militantes da Educafro ocupam reitoria da Unesp iniciam greve de fome

Pelo menos cinco militantes da ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) iniciaram nesta terça-feira (13) uma greve de fome para cobrar a criação de cotas raciais e sociais na Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). Eles ocuparam a reitoria da universidade, em São Paulo.

A entidade decidiu por retormar a greve de fome, realizada há um ano na Unesp, para cobrar das universidades estaduais de São Paulo a adesão à política de cotas implementada pelo governo federal nas Instituições Federais de Ensino (IFE).

Em nota divulgada pelo coordenador-geral da Educafro, Frei David Santos, a organização lembra que, desde 2006, a entidade vem pressionando o governo do Estado de São Paulo pela criação de uma política de cotas nas universidades estaduais. Segundo a nota, 8 dos 10 cursos mais disputados da UNESP têm "zero por cento de negros matriculados. Isto é justo? É assim que a UNESP quer ajudar a construir o Brasil de amanhã?", questiona.

Em entrevista ao site Terra, Frei David critica o fato de as universidades estaduais não serem incluídas na lei que determinou a reserva de 50% das vagas nas instituições públicas de ensino para estudantes de escolas públicas, negros e indígenas. "Esse não é um recado só para a Unesp, mas também para a USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade de Campinas). Queremos que as três façam uma divisão melhor na forma de ingresso. Por que a regra não atinge as universidades estaduais? A política universitária no Brasil é federal e para nós é inaceitável que um Estado queira confrontar a política nacional", questiona.

Embora as três universidades estaduais de São Paulo tenham ações de inclusão, nenhuma delas reserva vagas para estudantes de escolas públicas, negros e indígenas. Ambas defendem a seleção pelo mérito dos estudantes.

Ainda em nota, a Educafro considera a compreensão de meritocracia adotada pelas universidades estaduais paulistas (Unesp, USP e Unicamp) equivocada e injusta.

Com informações dos sites Africas.com.br e Terra

Fonte: ANDES-SN