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MOÇÃO DE APOIO DO CONSELHO DE ENTIDADES DE BASE DA UEPG À GREVE DOS DOCENTES DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS DO PARANÁ

14 de Agosto de 2012 às 12:20:10

As Universidades Estaduais do Paraná tem passado por um processo de luta como resposta ao descaso com que o Governo tucano tem tratado o Ensino Superior.
Nos últimos dois anos, passamos por dois cortes de verba que chegaram aos 45% da receita destinada às IEES, e simultâneo a esse pr

ocesso, @s docentes e técnic@s vem se organizando na luta pela aprovação do plano de carreira, valorização das categorias e reajuste salarial. Nesse contexto, iniciou-se um processo de negociação entre o governo estadual e @s docentes em março de 2011, através da criação de um Grupo Técnico (GT) que aglutinava representantes do governo, das reitorias e dos sindicatos docentes.
Desde então, foram elaboradas três propostas de equiparação salarial, em Julho de 2011 a primeira proposta elaborada pelo GT foi negada pelo próprio governo. Em novembro de 2011 o governo apresentou uma nova proposta que rebaixava o reajuste salarial em 20% e parcelado em três anos.
A categoria aceitou a proposta do governo em meio a mobilizações, e em fevereiro de 2012 novamente foram ludibriados!
Em março deste ano, o governo convocou nova formação de GT para formulação de outra proposta, que mantinha o reajuste de 31,73%, mas parcelada em quatro anos! Tal proposta deveria ter sido encaminhada à Assembleia Legislativa até maio deste ano, no entanto, o PSDB vem enrolando @s docentes até agora!
O processo de greve que está sendo construído nas estaduais do Paraná é o resultado desse longo período de precarização do trabalho docente. A categoria não pode mais cair nas mentiras do Governo! Paralisações de advertência apenas não bastam! É necessário construir um cenário sólido de greve e não aceitar mais propostas rebaixadas desse governo pelego! Se a categoria acreditar novamente na promessa do Beto Richa, será enganada de novo!
É no momento de greve que a construção coletiva e as pautas reivindicatórias para uma luta legítima pela educação se consolidam. Também é necessário entender que esse histórico é reflexo do modelo de educação imposto pelas políticas neoliberais que vem sendo reiterado pelo governo estadual e federal, colocando docentes e discentes nas exigências do produtivismo, que visa apenas à formação de mão de obra e não de profissionais comprometid@s com sua intervenção na sociedade.
Reiteramos a importância da participação de tod@s as categorias que compõem a Universidade na paralisação do dia 16 de agosto! E concretizar a greve, retomando a única proposta legítima de equiparação salarial elaborada até hoje, 51% de reajuste!
Estudantes, técnic@s e docentes: construir a paralisação de 16 de agosto é já construir a Greve nas Estaduais! Não aceitemos mais migalhas!

Conselho de Entidades de Base UEPG