ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA - ACERCA DA NÃO CONTINUIDADE DA GREVE NA UNICENTRO

Em nossa assembleia do dia 26/03 os docentes da UNICENTRO deliberaram não dar seguimento à construção da greve (aprovada em 20/03) por entenderem que estaríamos numa correlação de forças muito limitada para enfrentar o governo sozinhos. UEL, UEM, UNIOESTE, UENP e UNESPAR já haviam aceitado a proposta do governo. Fazer uma greve nestas condições teria poucas chances de mudar a decisão das demais universidades e ainda de pressionar o governo.

Também é importante lembrar que não estamos sozinhos nesta luta e entendemos que ela não se encerra agora. Devemos manter a mobilização, a unidade com as demais as universidades para que possamos avançar para aumentar o repasse de verbas de custeio para a universidades públicas. Precisamos estar juntos com os estudantes na luta por uma política eficaz de permanência estudantil, ampliar o quadro de professores e agentes universitários.

Ao suspender a greve no dia 26 de março, os docentes da UNICENTRO não suspenderam as lutas por um salário justo e pela autonomia universitária. A questão salarial é apenas um aspecto da situação que envolve as Universidades estaduais do Paraná. Há um processo de  precarização das condições de trabalho e de estrutura física. Há políticas em andamento que comprometem a gratuidade e o caráter público das universidades. Há, em consequência, uma situação de evasão tanto de estudantes como de professores. Essas questões comprometem a melhoria da qualidade do ensino público.

Diante da situação, com o entendimento de fazer parte de uma categoria, em  assembleia do dia 26/03,  os docentes da UNICENTRO deliberaram não dar seguimento à construção da greve. A decisão foi tomada sob sentimentos de indignação e revolta. Porém, mantém-se o estado de greve no sentido de que o governo encaminhe o Projeto de Lei à Assembleia com celeridade e garantir o cumprimento do acordo. Nossas bandeiras continuam em pé.