Notícias

NOTA OFICIAL DO COMANDO DE GREVE DA ADUNICENTRO

12 de Julho de 2019 às 10:10:53

O Comando de Greve, o Movimento Estudantil e a Adunicentro participaram de várias ações e reuniões durante esta semana: reunião do Comando Sindical Docente (CSD), Ato unificado em Curitiba, reunião conjunta de representantes das sete universidades estaduais com o superintendente da SETI e reunião do Comando Estadual de Greve.


Recebidos pela Adunicentro em Irati na data de 06 de julho, representantes da Adunicentro, Adunioeste, Sesduem, Sinduepg, Sindprol/Aduel e Comissão Pró Sindunespar participaram de reunião do Comando Sindical Docente (CSD). Os professores fizeram os informes do contexto docente e o movimento de greve em suas universidades, avaliando que a adesão da base tem aumentado, mesmo diante da não suspensão de calendário em algumas delas. Contudo, destacou-se que a deflagração da greve independe da suspensão do calendário, por essa se tratar de um procedimento institucional e não de categoria. Avaliou-se como importante a construção histórica da greve unificada dos servidores, embora seja necessário pautar no movimento grevista e junto ao governo, com maior veemência, as necessidades e exigências das universidades. Assim, foram definidas e deflagradas as seguintes ações: a) elaboração de ofício para a SETI reafirmando a pauta docente; b) participação de Comandos de Greve e diretorias de sindicato nas mesas de negociação dos dias 08 e 09 de julho; c) participação com maior número de docentes da base no Ato Unificado de 09 de julho, em Curitiba; d) participação na reunião de avaliação do referido Ato, junto ao Comando Estadual de Greve; e) ida à SETI para a entrega do ofício e conversa com o Superintendente; f) reunião do CSD agendada para 18/07 com o Superintendente da SETI em Curitiba; g) intensificação de debates sobre a minuta da Lei Geral das Universidades, LGU, nas universidades e preparação para o “Seminário Sindical Estadual em Defesa da Autonomia Universitária: em discussão a Lei Geral das Universidades”, evento conjunto das Universidades Estaduais, em Curitiba, no dia 02 de agosto; h) intensificar a construção do movimento de luta pelos direitos junto à base docente, estudantes, funcionários, outros sindicatos e comunidades locais, regionais e estaduais, mostrando informações, dados estatísticos e argumentos que se refiram às pautas e à importância da universidade pública, gratuita e de qualidade para o estado do Paraná.


Na sequência, na terça-feira, 9 de julho, professores e estudantes da Unicentro participaram do Ato Unificado em Curitiba, que reuniu aproximadamente 30 mil servidores públicos. O Ato foi importante e significativo para o fortalecimento das ações e articulações junto à ALEP e à SETI. Durante o Ato Unificado ocorreram duas ações importantes: a) Reunião do Comando Estadual de Greve (FES e demais sindicatos) e b) Reunião dos representantes das sete Universidades Estaduais com o Superintendente Aldo Nelson Bona, da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, SETI.


A reunião que ocorreu na SETI contou com representantes das sete Universidades Estaduais e, conforme solicitado pelo Superintendente, foram recebidos dois representantes de cada universidade; pela Adunicentro participaram o Presidente da ADUNICENTRO, Prof. Geverson Grzeszczeszyn e a Profª Mariléia Gartner. Na ocasião foi apresentado e entregue oficialmente o Ofício S/N 2019 do Comando Sindical Docente das Universidades Estaduais do Paraná (CSD), com a pauta de greve das Universidades Estaduais: a) pagamento da data-base (17,04%) já; b) nomeação dos aprovados no último processo seletivo para professor efetivo; c) abertura imediata de concurso público; d) arquivamento imediato do Projeto de Lei Complementar (PLC) 04/2019; e) arquivamento da minuta da LGU. Quanto à LGU, o superintendente informou que não será arquivada. Sobre o PLC 04/2019, disse que está se configurando tirar um ou dois artigos que prejudicam a condição de remunerações de servidores. Em relação à data-base, informou que é o governo quem negocia e o que conhece a respeito é a proposta do governo, com outra possivelmente construída brevemente; quanto aos Concursos, que não há previsão de realização; sobre as Nomeações de professores concursados, que há apenas posicionamento positivo nos bastidores do governo para realizá-las. Os representantes docentes solicitaram, ainda, agenda para reunião entre a Superintendência e representantes das sete universidades para discutir o arquivamento imediato da Minuta da LGU. A referida reunião foi aceita e agendada para o dia 18 de julho, às 10 horas, na SETI.


Na quarta-feira, dia 10, a professora Michelle representou as universidades estaduais na reunião do Comando Estadual de Greve. Fato importante desta reunião foi o encaminhamento de documento assinado por Assuel, Sinteemar, Sinteoeste e Sintesu, que acrescentou às negociações as seguintes pautas: a) Respeito à autonomia das universidades com o não encaminhamento do anteprojeto de Lei Geral das Universidades; b) Contra o bloqueio de recursos na saúde e na educação pela DREM; c) Reposição de pessoal docente e agente universitário através de concurso público; d) Renovação dos contratos de professores temporários vincendos em 30 de julho de 2019. Na ocasião ficou também definido que o governo deve encaminhar aos sindicatos documento formal acerca das propostas de negociação.


O Movimento Estudantil da Unicentro participou do Ato Unificado do dia 09 de julho. Os discentes afirmam compreender que o PLC 04/2019 em conjunto com a minuta da LGU, promovem o desmonte da universidade pública e destroem a carreira dos servidores públicos. Caso a LGU seja encaminhada à câmara e aprovada, poderá ter como consequência a demissão massiva de professores colaboradores, que compõem 35% do corpo docente da Unicentro, e os estudantes serão diretamente prejudicados pela questão da qualidade de ensino, em vista da sobrecarga dos professores efetivos. Participaram do Ato Público e da Passeata de forma pacífica, e permaneceram juntos com as Servidoras e Servidores dentro da Assembleia Legislativa do Paraná. Em seguida, um deputado do PSL fez um discurso completamente provocativo e inflamou a massa de trabalhadores, que diante de todas as provocações, decidiram por ocupar a ALEP.


Os estudantes fazem uma leitura positiva da ocupação da ALEP, compreendendo que a manifestação deve ser firme e prudente. Entendem que é preciso mostrar para o governo que têm posicionamento e que lutam pela Educação Pública e de Qualidade. A ocupação da ALEP, na avaliação do movimento estudantil, alterou o posicionamento intransigente do governo, o qual recebeu uma comissão de representantes da categoria de servidores para negociar e, como ainda não houve acordo entre as partes, a greve deve continuar.


Há expectativa de que o governo apresente, nos próximos dias, uma nova proposta aos servidores e na sequência o sindicato convocará Assembleia para avaliação da mesma.


É GRAVE, É GREVE!