Cambridge, Oxford e outras 62 universidades britânicas entram em greve por previdência
26 de Fevereiro de 2018 às 08:55:32Um total de 64 universidades do Reino Unido, entre elas as prestigiadas Oxford e Cambridge, iniciaram nesta quinta-feira um mês de greve para protestar pelas mudanças nas pensões dos professores.
Os interrupções foram convocados pelo sindicato University and College Union (UCU) que sustenta que as mudanças no esquema de aposentadorias reduzirão em quase 10 mil libras (11,2 mil euros) a pensão de um professor universitário normal.
Segundo a imprensa local, estima-se que mais de um milhão de estudantes universitários de todo o país serão afetados pela greve, dos quais 80 mil teriam assinado pedidos para exigir um reembolso pela perda de aulas.
As mudanças no Plano de Aposentadoria Universitária pretendem revogar um esquema de benefícios definidos que outorga aos funcionários uma renda fixa na aposentadoria, favorecendo uma de contribuição definida, na qual as pensões estão propensas ao câmbio no mercado de valores, explicaram os convocantes.
O sindicato afirmou que o plano atual está funcionando "bem", enquanto a Universities UK (UUK), organização que une todas estas instituições educativas no Reino Unido, assegurou que este apresenta um déficit de 6 bilhões de libras (6,7 bilhões de euros) que não pode ser "ignorado" .
Segundo a secretária-geral do UCU, Sally Hunt, a determinação da UKK por impulsionar estas variações e sua recusa "a se comprometer", não lhes deixou outra alternativa do que "atacar" e convocar a greve.
"O pessoal está enojado e a interrupção significativa nos campus em todo o Reino Unido é inevitável", manifestou.
O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, expressou hoje sua "solidariedade" com os profissionais que convocaram as interrupções e agradeceu pelo trabalho que fazem nas universidades.
O político pediu às partes que assumam uma posição em negociações "frutíferas" que possam resolver o problema porque "todo mundo merece dignidade e segurança na velhice, o que provém de uma pensão decente".
Fonte: Agência EFE