Docentes das IEES do Paraná querem a implantação imediata do Plano de Carreira

Os docentes das universidades estaduais do Paraná não toleram mais esperar e querem a imediata implantação do seu plano de carreira. Esse foi o recado dado pelos professores semana passada, nos dias 26 e 27 de outubro, quando três universidades paralisaram suas atividades e duas delas realizaram atividades de mobilização e esclarecimento acerca das negociações pautadas com o governo do Estado.
Em carta enviada para o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Alípio Leal, o Fórum das Seções Sindicais do ANDES-SN das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) mostra o descontentamento dos docentes com a informação, divulgada no sítio da secretaria dirigida por Leal, de que na reunião marcada para o dia 11 de novembro será tratado, também, o plano de carreira dos agentes universitários.

"Esta nova postura do governo, contraria o acordo estabelecido desde o início das negociações, em abril passado, ou seja, que a readequação da carreira docente seria prioritária, e que o PCCS dos agentes universitários seria tratado separadamente", avalia o Fórum.

Para o movimento docente, essa nova postura do governo poderá criar atrito entre as categorias. E certamente, servirá somente para adiar a conclusão das negociações. A discussão da carreira dos agentes universitários está em um patamar menos avançado. A vinculação de ambas, numa mesma mesa de negociação gerará contradições e dificultará que a carreira docente entre em discussão na Assembleia Legislativa ainda em 2011. Se isso não ocorrer não haverá previsão orçamentária para 2012, arrastando o problema para 2013.

Diante dessa nova posição do governo, dirigentes do Fórum estiveram nesta terça-feira (1º) em Curitiba para entregar aos secretários de Estado e ao líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná uma carta cobrando respeito ao acordo estabelecido desde o início das negociações.

Outra deliberação tomada pelo Fórum, reunido no dia 28/10, foi de que as seções sindicais agendem assembléias gerais para o dia 16/11 para analisar e se posicionar sobre a resposta dada pelo governo na reunião do dia 11/11.