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Reitor da UFMG repudia ação da Polícia Militar contra comunidade universitária, defende o direito de manifestação e cobra apuração do governo do Estado

21 de Novembro de 2016 às 09:07:52

A Reitoria da UFMG divulgou nesta sexta, 18, nota em que repudia a ação da Polícia Militar de Minas Gerais, que na manhã de hoje interveio com excesso de força para dispersar membros da comunidade universitária – estudantes, professores e servidores técnico-administrativos –, além de estudantes secundaristas, que promoviam manifestação na avenida Antônio Carlos contra a PEC 55, que limita os investimentos públicos nos próximos 20 anos.


A nota destaca que, “leal à sua história de compromisso com a sociedade, a UFMG reitera, nos termos da nota do Conselho Universitário, de 17 de novembro de 2016, o reconhecimento ao livre direito de manifestação e o repúdio a violações de direitos humanos e a quaisquer atos de violência contra membros da comunidade universitária e da sociedade”. Confira a íntegra do comunicado.



Em entrevista à Rádio UFMG Educativa, o reitor Jaime Arturo Ramírez afirmou que “as imagens falam por si: são fortes. Uma ação excessiva, violenta, inaceitável. Não é aceitável que a polícia dispare balas ou bombas contra a comunidade universitária, que entre no campus sem autorização e que agrida a comunidade. Uma agressão a qualquer membro da comunidade é uma agressão a toda a comunidade. Nós repudiamos essa ação da Polícia”.


Ainda em entrevista à UFMG Educativa, o reitor Jaime Ramírez explicou que, tão logo tomou conhecimento dos acontecimentos na entrada principal do campus Pampulha, destacou pró-reitores para se deslocar ao local com objetivo de mediar o conflito e prestar assistência aos estudantes feridos. De imediato, a administração central também fez contato com o governo de Minas Gerais. “Expressamos nossa indignação e cobramos do governo do Estado um posicionamento sobre o ocorrido.”


O governador Fernando Pimentel manifestou-se em sua página no Facebook, reafirmando seu "mais profundo respeito à liberdade de manifestação dentro dos princípios democráticos" e garantindo que "os excessos de procedimento que porventura possam ter ocorrido nesse episódio serão devidamente apurados”.


 


Fonte: UFMG