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Docentes da Unesp suspendem greve

24 de Agosto de 2016 às 09:04:05

Os docentes da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) aprovaram indicativo de suspensão da greve e retomada das atividades acadêmicas nessa segunda (22). A decisão foi tomada em assembleia realizada, no dia 17 de agosto, em conjunto com os técnico-administrativos, que decidiram pela manutenção da paralisação.


Os docentes também deliberaram por fazer uma atividade no dia 21 de setembro na reitoria da Unesp, uma vez que, neste dia, já estarão disponíveis os dados sobre a arrecadação do ICMS do mês de setembro, imposto sobre o qual é calculado o repasse de recurso para as estaduais paulistas. Agendaram também a realização de assembleias locais após o dia 22 do próximo mês para avaliação do movimento, seguidas de uma segunda plenária conjunta (com sindicato dos docentes e dos técnico-administrativos) para avaliação do movimento.


“Continuamos vivenciando, dentro da Unesp, os aspectos perversos da crise de financiamento anunciada há décadas pelo Fórum das Seis. Carreiras dos servidores técnico-administrativos e docentes suspensas, não contratação de servidores nem em casos de morte, aposentadoria ou demissão. Congelamento de recursos para graduação, custeio das unidades e permanência estudantil. E, enquanto os nossos gestores estiverem convencidos de que não há possibilidade de deslocar recursos de outras rubricas do orçamento da Unesp para esses fins, continuaremos caminhando para o colapso total da nossa Universidade”, aponta nota divulgada pela Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp Seção Sindical do ANDES-SN). A seção sindical ressalta ainda a necessidade de manutenção da mobilização e do apoio dos docentes aos técnico-administrativos e aos estudantes que permanecem em greve em 14 campi da Unesp.


De acordo com Antonio Euzébios Filho, 2º tesoureiro da regional São Paulo do ANDES-SN, com a paralisação, o movimento conseguiu barrar a tentativa da reitoria da Unesp em não conceder o vale alimentação. No entanto, o discurso de crise econômica das instituições e no país dificultou a possibilidade de avanços na negociação. "Nós avaliamos que, mesmo com os duros ataques, a categoria ainda tem forças para a mobilização. A universidade está indo para o ralo e temos que nos organizar e lutar", afirmou, lembrando que a suspensão da greve será reavaliada em setembro.


 


 


 


Fonte: ANDES-SN