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A ADUNICENTRO, em apoio e solidariedade de classe à APP-Sindicato, reproduz nota acerca dos ataques contra a entidade

06 de Julho de 2016 às 10:01:29

Nesse último período, a APP-Sindicato tem sofrido um ataque sistemático articulado pelo governo Beto Richa e pelo seu partido, o PSDB, na tentativa de causar o divisionismo na categoria e desqualificar o trabalho sindical, acusando-nos de ser uma entidade político-partidária. Desde o começo de seu governo, e em especial deste segundo mandato, o diapasão do governador e seus séquitos tem insistido neste mesmo tom. Fatos recentes corroboram de que a ofensiva palaciana se intensificou nos últimos dias: Fato 1: o Secretário Chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, em uma entrevista afirma que não há crise entre o governo do Estado e os/as professores/as e funcionários/as de escola, apenas com a nossa entidade: “O que existe é um embate provocado pelos dirigentes da APP-Sindicato, que tem uma atuação político-partidária”. Fato 2: em 10/6, é publicado um editorial no jornal Gazeta do Povo, intitulado “Hoje é dia de doutrinação”, no qual o editorialista opina que a mobilização realizada naquele dia, tinha o propósito de promover “doutrinação nas escolas”. Fato 3: na manhã  do dia 14/6, o governador Beto Richa (PSDB) concede entrevista a uma emissora de rádio para reclamar da ingratidão da nossa categoria com relação a todas as benesses que ele assegura ter concedido à Educação e afirma ser vítima de uma trama, segundo ele político partidária, para desgastá-lo. Fato 4: o ex-secretário de Segurança Pública, e hoje deputado federal, Fernando Francischin (Solidariedade-PR), cria uma frente parlamentar para ‘combater’ uma série de entidades e movimentos, entre eles, a APP-Sindicato. Fato 5: o vereador Professor Galdino, de Curitiba, também do PSDB, faz um pronunciamento, em plenário, afirmando – na base do supostamente – que dinheiro desviado da Petrobras e da Eletrobras teria financiado a nossa greve em 2015 e que, também, teria sido repassado ao nosso sindicato.


Todos os fatos ocorreram neste mês de junho, o que evidencia a articulação das ações.  Mas qual o objetivo? Criminalizar a APP-Sindicato, dividir a categoria e enfraquecer a luta. Os fatos também demonstram o despreparo e o autoritarismo do governador em lidar com a crítica ou com a oposição ao seu governo. Para um governador que tem insistido de que é pessoa de diálogo, o despreparo e a truculência com que ele e seus seguidores reagem às críticas demonstra exatamente o contrário. Ademais, o que temos feito e que o incomoda tanto, nada mais é do que cobrar direitos, muitos deles, inclusive, previstos em lei, como as dívidas existentes com nossa categoria, como por exemplo, a implementação e pagamento das promoções e progressões – hoje esta dívida passa do 270 milhões de reais -, ou então o reajuste no salário dos/as professores/as de 7,75% devidos pela adequação ao  Piso Nacional do Magistério .


Além da postura de querer criminalizar a Entidade e insistir no divisionismo da categoria, age de forma punitiva e intimidatória sobre os/as Trabalhadores/as em Educação. A falta do dia 29 de abril de 2016 é a demonstração nefasta da mão tirana deste governo sobre os/as educadores/as e sobre a entidade sindical que os/as representa, a escola pública e a qualidade de ensino. O Governo está assediando professores/as e funcionários/as que se veem pressionados/as e têm seu direito de organização e livre manifestação ameaçados. Essa prática atenta frontalmente contra a liberdade sindical. Os/as educadores/as que sofreram a barbárie do dia 29 de abril de 2015 são novamente punidos com a falta. Ao não permitir a reposição do dia 29, o Governador também penaliza os/as estudantes que ficarão sem as 800 horas e os 200 dias letivos previstos na Lei de Diretrizes de Base da Educação Brasileira.


A quem este governo quer convencer? Este é um governo desacreditado junto à população, envolvido em atos de corrupção como bem demonstram as Operações Publicano e Quadro Negro, que sucateou o estado e, como saída para a sua ineficiência, fez um ajuste fiscal penalizando o povo paranaense com a alta de impostos, fez com que Curitiba e Região Metropolitana tivessem em 2015 a maior inflação no Brasil e ainda retira 1,8 bilhão da Paranaprevidência, recursos nossos. Este mesmo governo nos ataca e quer nos dividir com suas ações coercitivas, mas não conseguirá.


Diante de todas estas situações, a nossa entidade mantém o posicionamento de que não se deixará intimidar por acusações palacianas infundadas e orquestradas. Nosso estatuto evidencia que este é um sindicato plural, sem vinculação político-partidária ou religiosa. Entendemos que os/as sindicalizados/as, de forma pessoal, possam ter vinculações políticas-partidárias ou religiosas. Além do mais, o fato de nos contrapormos a este governo que tem atacado sistematicamente a nossa categoria, demonstra o nosso compromisso de lutar – sem nos rendermos aos joguetes e tramoias gestados nos porões do cenário político paranaense. Temos feito isso ao longo de nossa história de 69 anos, em que diferentes governos tentam sempre deslegitimar e desqualificar a luta sindical. Mantivemo-nos firmes até o momento e assim seguiremos, UNIFICADOS(AS), porque justa é nossa causa: a luta pela qualidade da educação pública e pela valorização dos(as) educadores(as).


Não nos calarão!


Não abriremos mão dos nossos direitos e não aceitaremos retrocessos!


Nós nos manteremos na luta, denunciando este ou quaisquer governos que insistirem em atacar a APP-Sindicato com o evidente propósito de nos dividir para enfraquecer, até porque sabem do poder que nossa unidade tem e que os incomoda tanto.


Nesse tempo, para este governo, reafirmamos o grito que fez de nossa greve vitoriosa em 2015:


 


EU TÔ NA LUTA, CONTRA O RETROCESSO!


 


Fonte: APP Sindicato