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Após 12 dias, reitoria da UFG é desocupada. Movimento se deu após estupro no campus

29 de Junho de 2016 às 07:49:21

Prédio da reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi ocupado após denúncia de estupro / Foto: Marcello Dantas


Estudantes deixaram a reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG) no final da tarde desta segunda-feira (27), após um dia inteiro de negociações entre a universidade e manifestantes. Foram 12 dias de ocupação do prédio.


As negociações começaram ainda no início da manhã e somente no final da tarde o reitor Orlando Afonso (foto à direita) esteve no local para assinar um documento no qual se comprometia a atender reivindicações dos manifestantes. Após a assinatura, o prédio foi desocupado aos poucos.


Por telefone, a estudante de letras Rafaela Lincoln, de 21 anos, explicou que as reivindicações do grupo são em torno da segurança e da discriminação dentro da universidade. Melhora na iluminação, variedade de gênero na equipe de segurança, conscientização sobre racismo, além da garantia de não perseguição aos estudantes que participaram da ocupação, são algumas das propostas que foram acordadas, após negociação. “E se não cumprirem as nossas pautas, a gente vai voltar a movimentar”, garantiu Rafaela. 


Segundo a pró-reitora de extensão e cultura, Giselle Ottoni, que atuou como porta voz entre as feministas - que lideravam a ocupação - e a universidade, o documento continha uma série de pedidos de melhorias. “Foram solicitadas melhorias na segurança, no combate ao assédio, na forma como a universidade trata causas da mulher. Foram estabelecidos prazos e apresentado ao reitor com o compromisso de ser cumprido.”


Fonte: Adufg