Os docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), em greve desde 4 de abril, têm angariado o apoio da população da Campos dos Goytacazes e demais cidades do interior do estado do Rio de Janeiro, região onde se localiza a instituição. Em 31 de maio, os grevistas conseguiram juntar 15 mil assinaturas em um abaixo-assinado em defesa da Uenf e em apoio à greve. Os docentes da Uenf também conquistaram o apoio das Câmaras de Vereadores de Campos dos Goytacazes e de Conceição de Macabu.
Marcos Pedlowski, diretor da Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a greve da Uenf tem alta adesão e grande apoio da população do interior do estado. “Conquistamos o apoio da população, e de duas Câmaras de Vereadores. Nossa greve luta por questões como carreira, salário, além do básico, que é a destinação orçamentária necessária para manutenção das atividades da universidade”, completa o docente. A greve, realizada junto a outras categorias do funcionalismo público fluminense, luta contra o parcelamento e alteração do calendário de pagamento dos salários, mudanças na Previdência - com o aumento da contribuição dos servidores de 11% para 14% -, e o não reajuste dos salários em 2015. Os grevistas cobram também, como pauta específica das universidades estaduais, o pagamento de bolsas atrasadas, e mais investimentos e condições para o funcionamento das instituições.
Segundo o diretor da Aduenf-SSind, na quarta-feira (8) haverá reunião entre os docentes da Uenf, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo) – todos em greve – com a secretaria estadual de ciência e tecnologia para debater a pauta de reinvindicações. Já a entrega do abaixo-assinado no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, deverá ser feita de forma conjunta com a Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj – Seção Sindical do ANDES-SN) e com a Associação dos Docentes da Uezo (Aduezo – Seção Sindical do ANDES-SN), em data a ser definida.
Docentes mantêm greve e mobilização nas universidades estaduais
As greves docentes de Uerj e Uezo iniciaram algumas semanas antes em relação à greve da Uenf, e já caminham para completar três meses de paralisação. Nesse período, a Asduerj-SSind realizou uma intensa jornada de lutas, diversificando formas de mobilização e perfis de atividades, organizando ato no Palácio Guanabara, idas à Alerj, e contato direto com a população em aulas públicas no Rio Comprido, no Museu do Amanhã, na rampa do Metrô.
Os docentes da Uerj realizam Assembleia nesta terça (7) à tarde, na qual que será debatido o Projeto de Lei de revisão do Plano de Carreira Docente e o calendário de tramitação do pacote de PLs que favorecem a categoria.
Fonte: ANDES-SN