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Cerca de 600 trabalhadores são demitidos do Hospital Universitário da Uerj

25 de Fevereiro de 2016 às 13:48:13

Na última segunda-feira (22), cerca de 600 trabalhadores terceirizados da empresa Construir, que presta serviço de limpeza ao Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), foram impedidos de entrar no local de trabalho por seguranças. Eles foram surpreendidos com a notícia de que uma nova empresa prestadora de serviços tinha substituído a Construir e que foram demitidos mesmo com os salários, 13° e passagens atrasados.


Segundo Guilherme Abelha, 1º secretário da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, a Uerj rompeu unilateralmente o contrato com a empresa Construir e não teve preocupação de comunicar previamente aos trabalhadores, em sua maior parte mulheres, sobre a demissão. “A universidade não teve o mínimo de sensibilidade para mediar à situação e não buscou um meio para que neste processo de rompimento se desse algumas garantias aos trabalhadores, como o pagamento dos salários atrasados. São centenas de pessoas demitidas e que prestaram serviços por anos à universidade. É lamentável a postura da gestão da Uerj”, ressalta.


Abelha explicou que a relação entre a universidade e as empresas terceirizadas é complicada. “Por falta de pagamento da universidade às prestadoras de serviço e pela falta de garantia da empresa no pagamento em dia dos salários dos trabalhadores, no ano passado, tivemos uma série de atrasos nos pagamentos da Uerj e do governo do estado às empresas, que acabou recaindo sobre os trabalhadores, que vivem numa situação de enorme insegurança e são os mais vulneráveis nessa relação", disse.


 Mobilização


Na terça-feira (23), docentes, estudantes e servidores realizaram novo ato em defesa do Hupe/Uerj. Desde o ano passado, a comunidade vem realizando uma série de manifestações contra as condições precárias de funcionamento da Uerj, do Hupe, atrasos nos salários e pagamentos de bolsas. Uma assembleia docente está marcada para o dia 1° de março e irá discutir, entre outras pautas, indicativo de greve e estratégias de luta pela defesa dos direitos trabalhistas.


 


Fonte: ANDES-SN