Depois da FAP fechar as portas, o campus Paranaguá da UNESPAR toma a mesma decisão e suspende atividades
17 de Dezembro de 2015 às 01:02:41Depois da paralisação das atividades da antiga FAP, atual campus Curitiba II da Unespar, o campus Paranaguá da mesma instituição também decidiu encerrar as atividades pedagógicas de 2015. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira (16). Ambos enfrentam problemas com o atraso do repasse de verbas do governo do Paraná e alegam não ter condições de continuar as atividades.
A decisão, em Paranaguá, foi tomada pelo Conselho de Campus, após o anúncio de que a empresa responsável pelos 14 funcionários terceirizados, que fazem a limpeza e segurança do prédio, não está recebendo as verbas necessárias do governo há dois meses. Até o momento, a empresa honrou os pagamentos aos funcionários, mas, segundo a Unespar Paranaguá, não tem mais condições de arcar com o ônus do atraso do Estado.
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As atividades pedagógicas, reuniões e eleições de coordenadores de curso que ocorreriam nesta quinta-feira estão suspensas e serão remarcadas após a resolução do problema. Ainda nesta quinta-feira (17), está programada uma reunião, em Curitiba, com representantes do Conselho Universitário da Unespar. “Essa reunião vai ter representantes de todos os campi e será decidido se os outros também vão parar”, explicou o diretor da Unespar Paranaguá, professor Cleverson Molinari de Mello. Segundo ele, o governo não definiu uma data para quitar os débitos.
No dia 30 de novembro, os alunos de Paranaguá denunciaram que o campus estava sem dinheiro e faltava até papel higiênico nos banheiros. Na época, eles também lembraram que, do orçamento enviado pelo governo, havia apenas R$ 6 para pagar os funcionários terceirizados.
Quando a antiga FAP paralisou as atividades, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) – responsável pela administração das sete universidades estaduais paranaenses – confirmou, via assessoria, que as instituições enfrentam dificuldades financeiras. A Seti disse estar “empenhada para resolver essa situação o mais rápido possível”. Fonte: Gazeta do Povo