Alckmin, publicou neste sábado (05) a revogação do decreto que instituía a reorganização e o fechamento de escolas em São Paulo
05 de Dezembro de 2015 às 10:40:14O governo Alckmin publicou, neste sábado (5), no Diário Oficial de São Paulo, o decreto nº 61.962, que revoga um outro que permitia a reorganização escolar no Estado de São Paulo.
"Decreto nº 61.692, de 4 de dezembro de 2015: Revoga o Decreto nº 61.672, de 30 de novembro de 2015.
Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Decreta: Artigo 1º - Fica revogado o Decreto nº 61.672, de 30 de novembro de 2015, que disciplina a transferência dos integrantes dos Quadros de Pessoal da Secretaria da Educação. Artigo 2º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação."
Na tarde de ontem, Alckmin anunciou o adiamento da reorganização escolar após uma semana de enfrentamento de estudantes e policiais nas ruas da capital. Como forma de protesto, os alunos ocupam pelo menos 200 escolas ocupadas e fecharam as principais vias da capital. Desde o início dos protestos, os estudantes deixaram claro que suspender não bastaria para encerrar os protestos e as ocupações das escolas, que se iniciaram em 17 de de novembro.
Anunciada no final de setembro, as medidas propunham escolas de ciclo único e encontraram forte resistência de professores e alunos.
Na tarde de quinta (3), o Ministério Público e a Defensoria Pública de São Paulo entraram com uma ação civil pública que pedia que a reorganização das escolas estaduais fosse interrompida e que a Secretaria de Educação organizasse uma agenda de discussões com a sociedade sobre as mudanças.
Na manhã de sexta (4), estudantes fecharam o cruzamento das avenidas Faria Lima com Rebouças e também da avenida Paulista com rua Consolação. Em ambos os protestos, a PM reagiu com exagero da força, promoveu uma chuva de bombas de efeito moral, algemou e prendeu jovens.
Uma pesquisa do Datafolha apontou a queda de popularidade do governador de São Paulo, com os piores resultados de sua gestão. Apenas 28% aprovam seu mandato (contra 69%, em seu melhor momento). Por outro lado, 30% dos paulistas classificam seu governo como ruim ou péssimo.
Desde o anúncio da reorganização, alunos, pais e professores têm realizado protestos em vários pontos do Estado. Eles argumentam que o objetivo da reestruturação é cortar gastos e temem a superlotação das salas de aulas, além de alegarem a ausência de diálogo durante o processo.
Com informações do Jornal A Folha de São Paulo
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