8,17 JÁ! SINDICATOS E OPOSIÇÃO PARLAMENTAR IRÃO CONSTRUIR EMENDAS AO PROJETO DO GOVERNO

Nesta quinta-feira última (28), os sindicatos de docentes da UEM, Unioeste, UEPG, Unicentro e Unespar realizaram Seminário sobre Financiamento das Universidades Estaduais em Maringá.

Luiz Fernando Reis, da Adunioeste, apresentou uma síntese dos números atuais da receita e das despesas do Estado e, principalmente, sobre o crescimento da arrecadação nos três primeiros meses de 2015 relativamente ao ano anterior. Demonstrou ainda, baseado em estudos do consultor financeiro Cid Cordeiro, que a arrecadação em 2015 ficará cerca 13% acima do ano passado. Este quadro confirma a tese que temos defendido sobre a possibilidade de o governo pagar a reposição de 8,17% imediatamente.

Especula-se que este superávit inicial, acrescido do saque ilegal ao Fundo Previdenciário, tem sido usado para o pagamento às empreiteiras, segmento representado pelo empreiteiro e chefe da casa civil, Eduardo Sciarra. Luiz Fernando Reis esclareceu também que nos últimos 4 anos o governo Beto Richa destinou menos de 5% do orçamento (despesa total do estado) para a manutenção global de todas as universidades. Isto comprova a má fé de membros do governo estadual ao dizerem que a crise atual se deve às universidades estaduais.

O Deputado Tadeu Veneri relatou detalhadamente o dia 29 de maio. Em sua opinião, o aparato policial que agrediu violentamente os professores naquele dia foi preparado e açulado para bater nos servidores. Não houve intenção em proteger a assembleia, como tem dito pateticamente o governo. Tadeu afirmou que a oposição parlamentar segue firme junto com os servidores, e que discutirão como alterar o projeto do governo, que muda a data-base para janeiro, oferece 3,45% em 2015, divididos em três parcelas no final deste ano. Prevê 8% em 2016, a somatória do que restaria de 8,17% acrescido da inflação de janeiro a maio de 2016. Tal proposta impõe perda de massa salarial para o serviço público.

Cid Cordeiro avalia que cada servidor irá perder anualmente 1/2 salário, que renderá ao governo uma economia de aproximadamente R$ 600 milhões ao ano. Na conclusão de sua fala, o deputado Tadeu Veneri convidou os Sindicatos de Docentes da UEM, Unioeste, UEPG, Unicentro e Unespar para participarem da discussão e elaboração das emendas a serem apresentadas no projeto do governo. Este é um ponto importante uma vez que os docentes vinham sendo excluídos das tratativas pelo governo estadual e representações sindicais dos servidores. Por fim, o Comando Estadual de Greve indicou a necessidade de intensificar as atividades de mobilização com professores da APP e demais servidores. Indicou também a continuidade das vigílias e reuniões com deputados estaduais visando a formação da frente parlamentar necessário à aprovação das emendas (1) que suprimem a mudança da data-base e (2) garantem o índice de 8,17% já.

Adunioeste, Sesduem, Adunicentro, Sinduepg, Sindunespar

Com informações de Adunioeste, Seção Sindical do ANDES-SN