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O governo Beto Richa aprova, à bala, uma lei de previdência inconstitucional. Também oferece arrocho salarial, não repassa as verbas de custeio e ameaça com punições. A resposta da categoria docente não poderia ter sido outra: GREVE

04 de Outubro de 2015 às 20:43:17





Em assembleia, professores decidem pela continuidade da greve na Unicentro


O governo fecha o diálogo sobre a database, aprova, à bala, uma reforma da Previdência declarada inconstitucional, ilegítima e ilegal; massacra professores, estudantes e servidores em praça pública, ameaça com punições. Não se pode esperar outra coisa senão a greve geral!


Mais de 400 professores da Unicentro (entre Irati e Guarapuava) decidiram nesta terça (13) pela continuidade da greve após o governo não apresentar a proposta de reajuste da database. Os servidores exigem apenas a correção da inflação em 8,17%, porém a secretária de Administração e Previdência, Dinorah Nogara pediu tempo até o dia 19 para decidir sobre a situação. Outra pauta também bastante discutida na comunidade universitária foi a suspensão do calendário acadêmico. Ontem, 14/05, finalmente a Reitoria mandou publicar ad referendum do Cepe/Cad na resolução 126/2015. A medida garante os 200 dias letivos e dá tranquilidade aos docentes e estudantes quanto à discussão, posterior ao final da greve, sobre prazos para entrega de relatórios, reposições, exames finais, estágios, matrículas para o ano letivo de 2016, entre outros aspectos pertinentes.


Uma das explicações que subsidiaram a assembleia, foi do professor de matemática em Irati, Artur Lorival da Fonseca Machado, que afirmou não ter argumentos para o governador não pagar o mínimo que é a database. “O governo anuncia que tem receitas crescentes, inclusive a própria Lei Orçamentária mostra um crescimento expressivo destes recursos nos últimos anos. Por outro lado, existem as destinações diretas para pastas como a saúde e educação, porém não há argumentos para não pagar a database, se existe dívida é porque o governo administrou mal”, disse.


Ouça na reportagem de Luan Chagas. Para ouvir, acesse o link: http://www.centralcultura.com.br/audio/37312.mp3


O diretor do Sindicato dos Docentes da Unicentro, professor Denny William, reforçou a posicionamento dos professores. “É importante deixar claro para a comunidade de Guarapuava e região, que a categoria dos professores quer voltar a trabalhar, não é do nosso desejo permanecer em greve, isso cria um clima de insegurança para a comunidade universitária e sociedade, porém, o governo precisa retirar esses ataques aos nossos direitos, a previdência, ao salário, bombas e balas em praça pública. A database é um novo problema, porque ele diz que não há recursos, porém é um dos Estados que mais arrecada e sequer o Tribunal de Contas do Estado sabe se o governo chegou a atingir o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, uma vez que o executivo não enviou os dados àquele tribunal. Da mesma forma, o governo não enviou dados ao Ministério da Previdência que justificasse a necessidade de reforma da nossa previdência. É de se questionar o motivo de não dar transparência aos dados que justifiquem suas intenções.”, argumentou.


Com informações de Central Cultura de Comunicação ( http://www.centralcultura.com.br/ )