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UNICENTRO decide manter GREVE POR TEMPO INDETERMINADO. Veja os encaminhamentos e agenda aprovados na Assembleia

04 de Outubro de 2015 às 20:33:32

Reunidos em Assembleia nesta quinta-feira última (30), os docentes da UNICENTRO ouviram inicialmente os relatos dos Professores e Estudantes que estiveram em Curitiba no dia anterior (29). As experiências da guerra que o Governo armou para reprimir, com extrema violência, os manifestantes chocou e emocionou todos os mais de 500 presentes, entre professores, estudantes e funcionários, nas assembleias de Irati e Guarapuava. A UNICENTRO teve 15 feridos entre os mais de 200 que foram vitimados pelo uso da força militar. Todos os 15 foram nominados e aplaudidos em pé.


A diretoria da ADUNICENTRO prestou informe que, apesar de a ALEP ter aprovado o PL 252/2015, não fomos derrotados, pois há como recorrer em Brasília. A implementação das mudanças não é automática, pois depende de homologação pelo Departamento dos Regimes de Previdência do Setor Público, do Ministério da Previdência Social (MPS), segundo a OAB. O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse nesta terça-feira última (28) que o órgão vai cassar o certificado de regularidade previdenciária do Paraná, caso considere ilegal a mudança na Paranaprevidência. Também há a obrigatoriedade legal de serem realizados os cálculos atuariais, o que vem sendo negligenciado pelo Estado do Paraná. Assim, faltam dados que subsidiem a necessidade da reforma da previdência no Paraná.


Assim, foi proposta a continuidade da greve, em que pese agora, o encaminhamento de pedido de audiência com o Ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, caravana a Brasília, bem como a realização de audiência pública no Congresso Nacional para expor a situação no Paraná e a violação de direitos humanos com o uso exacerbado da força militar no dia 29/04, com grande repercussão e condenação nacional e internacional.


Colocada em votação os rumos da greve, não houve entre os 400 docentes presentes e aptos a votar, nenhuma voz que defendesse a retomada dos trabalhos normais da Universidade. A compreensão é de que não há estado de normalidade para se retornar aos trabalhos e às aulas. Desta forma, foi aprovada por unanimidade a CONTINUIDADE DA GREVE POR TEMPO INDETERMINADO.


Outros encaminhamentos aprovados, sem votos contrários, foram:


1) Que sejam declarados PERSONAE NON GRATAE NA UNICENTRO, os Deputados Estaduais Artagão Júnior, Bernardo Carli e Cristina Silvestri (http://adunicentro.org.br/novo/?p=7068). Esta proposta partiu de Irati e lá os docentes acrescem à lista os demais Deputados que votaram pela aprovação do PL 252/2015 e que também foram coniventes com a violência contra os professores, estudantes e demais servidores públicos;


2) Envio de CARTA DE REPÚDIO aos Deputados Estaduais Artagão Júnior, Bernardo Carli e Cristina Silvestri;


3) Exigir que os Conselhos Superiores da UNICENTRO suspendam o Calendário Acadêmico;


4) Elaboração de Documento conjunto com outras entidades dos servidores públicos exigindo a revogação da Lei;


5) Seja solicitada à Comissão de Direitos Humanos da ALEP, presidida pelo Deputado Estadual Tadeu Veneri, a realização de Audiência Pública para apurar e debater a violação de direitos humanos e o uso abusivo da força militar, pelo Governo do Estado, Secretaria de Segurança, Comando da Polícia Militar e pelo Presidente da ALEP, Dep. Ademar Traiano. Também será realizada Audiência Pública na UNICENTRO, campi Irati e Guarapuava.


A Diretoria da ADUNICENTRO também está estudando a possibilidade de haver intervenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na ONU.