Deputados Estaduais Artagão Júnior, Bernardo Carli e Cristina Silvestri são declarados como Personae Non Gratae na UNICENTRO
04 de Outubro de 2015 às 20:32:51Em Assembleia dos Docentes da UNICENTRO, convocada através do Edital 009/2015-Adunicentro, para esta quinta-feira (30), nos campi de Irati e Guarapuava e que contou com a presença de 400 docentes da nossa Universidade, foiAPROVADA A DECLARAÇÃO DE PERSONAE NON GRATAE NA UNICENTRO a ser aplicada aos Deputados Estaduais ARTAGÃO JÚNIOR, BERNARDO CARLI e CRISTINA SILVESTRI. Em Irati, foi acrescentada na lista, os demais deputados que se colocaram ombro a ombro com o Governo Beto Richa na ratificação do uso da força contra professores. A Declaração foi aprovada sem nenhum voto contrário e também nenhum docente se absteve. A decisão será oficializada ao Conselho Universitário da UNICENTRO.
Além da Declaração de Personae non gratae na UNICENTRO, os referidos Deputados ainda receberão Carta de Repúdio em função da postura de se furtar ao diálogo com os Docentes da UNICENTRO, tanto nas votações do Pacote de Maldades aprovado às vésperas do Natal de 2014, bem como durante a greve de fevereiro-março deste ano e agora na greve de abril. Foram favoráveis à Comissão Geral, que resultou na necessidade de ocupar o Plenário da ALEP em 12 de fevereiro, bem como aprovaram a discussão em Regime de Urgência do PL 252/2015, rompendo o acordo que havíamos construído com o governo para encerrar a greve em março. Ao negligenciar o diálogo, os deputados contribuíram para pavimentar o caminho que resultou no uso da força contra nossos professores e estudantes.
Foi objeto de profunda indignação entre os Docentes da UNICENTRO a postura dos DEPUTADOS DE GUARAPUAVA. Poderiam ter agido para evitar o massacre de milhares de pessoas, às quais se somavam nossos docentes e estudantes no dia 29 de Abril. Mas preferiram a conivência com o Presidente da ALEP, Ademar Traiano, com o Governador Beto Richa e seu Secretário de Segurança, Fernando Francischini, quando decidiram lançar copiosamente sobre os manifestantes, uma fúria repressiva desproporcionalmente bem armada contra professores, cujas mãos estavam nuas. Entre docentes e estudantes, a UNICENTRO teve 15 feridos entre os 200 também abatidos naquela Praça de Guerra. A condenação àqueles atos vem se avolumando por todo o País e mesmo internacionalmente.
Desta forma, os Docentes da UNICENTRO, massivamente, consideram os Deputados de Guarapuava co-responsáveis pelo que é o evento repressivo mais truculento no Paraná, desde o restabelecimento da democracia em nosso País.
Quando convidados a debater a previdência, em Audiência Pública na ALEP, com a presença dos sindicatos dos professores e servidores públicos, técnicos da ParanáPrevidência e demais deputados, Artagão Júnior, Bernardo Carli e Cristina Silvestri não só foram ausentes, como sequer justificaram seu desinteresse. Se recusaram a debater conosco e contribuir para achar uma solução negociada.
Mesmo quando a UNICENTRO esteve em greve por 32 dias, em nenhum momento se dignaram buscar conversar com os Comandos de Greve dos campi de Irati e Guarapuava.
Negligenciaram o diálogo, preferiram optar pelo uso da força militar contra nossos Professores, Estudantes e Funcionários. A UNICENTRO não aceita isto.