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Assembleia dos Docentes aprova por unanimidade a continuidade da greve. Veja os encaminhamentos aprovados e a vitória obtida com a suspensão do funcionamento da comissão interna de autonomia

04 de Outubro de 2015 às 18:24:42

O governo anunciou o restabelecimento das verbas de custeio atendendo o período de janeiro-março, em que pese ainda a permanência dos cortes relativos ao orçamento de 2014, o que obriga a universidade ao pagamento das dívidas anteriores com a verba disponibilizada para para as atividades relativas ao primeiro trimestre de 2015. O governo também anunciou a retirada das Universidades do sistema RH Meta -4. Entretanto, manteve a permanência da UNESPAR e UENP  neste sistema, o que é uma contradição e tem motivado a pressão da categoria docente das demais IEES no sentido de que as duas universidades também sejam contempladas na exclusão do sistema. Sobre a assistência estudantil, os estudantes tiveram por parte do governo, o anuncio de que não serão mais contemplados em suas reivindicações, pois Richa alega que o estado não tem como investir. Richa jogou para o seio das IEES a problemática da assistência estudantil que deve ser atendida pela verbas de custeio já orçadas e tentativa de obtenção de recursos a partir da esfera federal. O governo tenta, assim, jogar para dentro das universidades a tensão crescente dos estudantes por investimentos na área e se livrar de ter que discutir isso.


PAUTA QUE PERMANECE SOBRE A MESA DE NEGOCIAÇÃO


1) Pagamento imediato das férias;


2) Arquivamento, em definitivo, do projeto de mudanças na previdência dos servidores públicos;


3) Rejeição à mudança na destinação dos recursos do Fundo Paraná e;


4) Retirada do decreto que institui o grupo de trabalho para discutir autonomia financeira e rejeição a esta discussão em um contexto de asfixia financeira das IEES.


Universidades em Greve


Neste contexto, todas as Universidades Públicas do Paraná vem mantendo a greve. UNIOESTE e UEM decidiram pela continuidade da greve em assembleia na sexta-feira (27/03). Ontem, os docentes da UNICENTRO (reunidos em Guarapuava) e UEPG também aprovaram a continuidade da greve. A assembleia da UNICENTRO aprovou a manutenção da greve por unanimidade.


Hoje (03), a UNESPAR realiza assembleias em todas as unidades da universidade e que se encontram em greve.


Na UEL  e UENP (também em greve), nova assembleia ocorre no dia 05.


As entidades que representam agentes universitários em todas as IEES também estão em greve. Em nossa universidade, o  SINTESU, reunido em assembleia na sexta-feira (27) aprovou a continuidade da greve por tempo indeterminado.


VITÓRIA DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA NA ASSEMBLEIA – Suspensão da Comissão Interna de Autonomia


Presentes na Assembleia, o Reitor e Vice-Reitor sentiram o generalizado descontentamento da Comunidade Universitária com a criação da comissão interna de autonomia. Muitas falas dos presentes denunciaram a pretensão do Governo Beto Richa em impor um modelo de autonomia que não é desejado pela comunidade universitária. Neste contexto, o Reitor Aldo Bona, acabou por anunciar que tomaria, naquele momento,  decisão ad referendum do COU e suspenderia a instalação e trabalhos da comissão criada pelo conselho universitário.


Encaminhamentos da assembleia realizada em Guarapuava (UNICENTRO)


1) Foi aprovado, sem proposta em contrário e portanto, sem necessidade de votação, que o Comando de Greve protocole ofício à reitoria e ao COU solicitando a retirada da UNICENTRO do grupo de trabalho criado por decreto do Governo Beto Richa que trata da discussão da autonomia financeira.


2) Estamos reagindo a uma situação de cortes e ataques a direitos dos servidores, entretanto há uma pauta específica da UNICENTRO que tem sido objeto de debates anteriores e que deve ser intensificada pelo movimento docente, entre elas: normalização do funcionamento do SAS, contratação, via concurso público, de agentes universitários e docentes; política de investimentos em assistência estudantil (cujos pontos centrais no momentos são: RU, moradia estudantil e bolsas); aumento nas verbas de custeio da Unicentro; redefinição da atribuição de carga horária em sala de aula aos professores colaboradores. Esta pauta específica será protocolada junto à SETI  e reitoria e passam a ser objetos de negociação direta do comando de greve. Também não foi apresentada proposta em contrário a este encaminhamento.


3) O Comando de Greve deve ampliar a  interlocução com os cerca de 16 deputados que têm apoiado a nossa causa a fim de construir dentro da ALEP um mecanismo de intensificação das negociações que envolva o líder do governo e presidente da assembleia legislativa. Audiência com o Chefe da Casa Civil já havia sido anteriormente solicitada.


4) Manter os ações da greve (atos de rua, manifestações, ações junto às Câmaras de Vereadores da região de abrangência da Unicentro, atividades culturais, interlocução com lideranças da cidade e de esclarecimento ao povo).


5) Foi aclamado pela assembleia que a APIESP não negocia pelo movimento grevista junto ao governo.