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Reitoria da UFG adere à EBSERH em ato que atropelou o Conselho Universitário e deu de ombros aos protestos da comunidade acadêmica

05 de Julho de 2015 às 18:54:51


Em mais uma instituição, a Administração desrespeitou a comunidade universitária para fazer a adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Na última segunda-feira de 2014 (dia 29), o reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Orlando Amaral, assinou o contrato que transfere a gestão do Hospital das Clínicas de Goiânia para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A privatização do hospital, no entanto, segue contestada pela comunidade acadêmica da UFG.


Alexandre dos Santos, 1º vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN, afirma que o estatuto da universidade foi desrespeitado com a assinatura do contrato com a Ebserh. “O nosso estatuto afirma que todos os contratos da universidade com terceiros têm de ser aprovados pelo Conselho Universitário, o que não aconteceu com o contrato de privatização do hospital”, afirma o docente.


Santos lembra também que a votação no Conselho Universitário sobre a adesão do Hospital das Clínicas à Ebserh não teve discussão nem contagem de votos. “A adesão já havia se dado de forma golpista, e agora, no antepenúltimo dia útil do ano, mais uma atitude antidemocrática foi tomada”, diz o diretor do ANDES-SN.


Segundo o site da Ebserh, a partir da assinatura do contrato com a UFG, será iniciada a implantação de um plano de reestruturação da unidade hospitalar, ação executada de forma conjunta entre a universidade e a empresa.


Docentes, técnico-administrativos em educação e estudantes contrários à privatização do hospital da UFG discutem os próximos passos na luta em defesa do caráter público da educação e saúde na universidade federal.


UFSM


Em dezembro de 2013, o então reitor da UFSM, professor Felipe Müller, diante dos protestos dos segmentos contra a adesão à Ebserh, esvaziou a reunião do Conselho Universitário e, posteriormente, assinou o contrato com a empresa, diretamente em Brasília. A assinatura “ad referendum” do Consu acabou, já em 2014, na gestão do professor Paulo Burmann, referendada pelo próprio Conselho.


Fonte e foto: ANDES-SN


Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)