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Médicos do Hospital Universitário da USP aderem à greve hoje (16) contra congelamento dos salários e precarização das condições de trabalho

16 de Junho de 2014 às 18:13:24





























Médicos apoiam luta contra excesso de demanda, sobrecarga de trabalho e congelamento de salários dos professores e servidores da USP.
Os médicos do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) entram em greve a partir de hoje, 16 de junho. Os profissionais denunciam que a capacidade do hospital é de atender cerca de 700 pacientes por dia e a demanda real é de até 1400 atendimentos. O excesso de demanda que resulta na sobrecarga de trabalho se dá pela carência de serviços de atenção primária na região do Butantã. Também na mesma data, será realizada assembleia no hospital às 12h para definição dos rumos da paralisação nos atendimentos.
De acordo com o membro do comando de greve do hospital, Gerson Salvador, o comando estará presente nos processos de negociação e assembleias. "Além de sobrecarregar os médicos, as péssimas condições de trabalho no hospital prejudicam a qualidade de atendimento à população, já que o tempo para cada atendimento é reduzido", explica o médico.
Esta paralização, a primeira em 19 anos, acontece também pela intenção de congelamento de salários e possível corta de verbas para ensino e pesquisa na instituição. De acordo com o presidente eleito do Simesp, Eder Gatti, o governo de São Paulo não repassa o valor de 9,57% bruto da quota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e sim, com desconto de recursos destinados à habitação, além dos recebimentos de atrasados (com juros e multas) e a devolução da Nota Fiscal Paulista. "Também por essa razão os médicos resolveram aderir à greve dos professores e servidores da USP em defesa da universidade pública", indica Gatti.
Durante o período de greve, os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos no HU-USP. "Uma comissão formada por médicos e funcionários permanecerá na porta do hospital informando a população da greve", explica Salvador.