Professores da rede estadual de educação de Santa Catarina completam 43 de dias de greve. Movimento engrossa defesa pela educação no Brasil.
01 de Julho de 2011 às 14:26:51Declaração pública de apoio à greve dos professores da rede pública de SC
Entra governo e sai governo e a promessa é que a educação será prioridade. Passada as eleições, vemos que tudo não passou de promessas. Em Santa Catarina, com o Governo Colombo, continuidade de Luiz Henrique, não é diferente.
"Depois de muita luta, as trabalhadoras e os trabalhadores do magistério público estaduais, através da CNTE e dos sindicatos estaduais filiados, obtiveram uma vitória com a aprovação da lei 11.738/08 do piso salarial nacional, mas cinco governadores, um deles - o de Santa Catarina -eram contra a lei e recorreram à justiça para não pagar o piso aos professores. O Supremo Tribunal Federal demorou quase 3 anos para votar e definir a legalidade do piso. Mesmo assim, o governo Colombo não quis aplicar a lei do piso.
Então, o recurso foi a greve do magistério público estadual. "Ela veio forte, com grande adesão da categoria, apoio dos alunos, pais e da sociedade em geral Denunciou em cores vivas as mazelas da educação que os governos não conseguem mais esconder."
O governo Colombo se mantém na contramão da história. Mantém-se defendendo o atraso com uma proposta de pagamento do "piso" que destrói o plano de carreira dos professores, desvalorizando assim, os que têm mais tempo de dedicação e estudo. O magistério público estadual rejeitou o golpe aumentando sua greve e a sociedade mantém o apoio.
Outra lamentável postura do Governo Colombo é mentir para toda a sociedade de que não tem dinheiro para pagar o piso e investir mais em educação. Não é verdade! Em recente analise das contas dos dois governos de Luiz Henrique/Leonel Pavan, feitas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) demonstrou que foram desviados R$ 1,670 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) dinheiro da educação para outros setores como Tribunal de Contas, Judiciário, ALESC e pagamento de aposentadorias". As projeções das receitas no governo Colombo não param de crescer para 2011. A receita do estado em 2010 foi de aproximadamente R$ 13,4 bi. Primeiro projetou-se, com o crescimento de arrecadação estimado para 2011, que o orçamento iria para R$ 15 bi, mas com os primeiros resultados fiscais do ano a projeção já é de R$ 16 bi. Como não tem dinheiro para educação?
Nós, abaixo-assinados, manifestamos nosso apoio incondicional a greve do magistério público estadual. Conclamamos a sociedade para que mantenha e aumente seu total apoio. Defendemos, junto do magistério público estadual, maiores investimentos em educação pública e a aplicação imediata da lei do piso nacional com respeito à carreira em Santa Catarina. Repudiamos, por fim, qualquer eventual tentativa do Governo Colombo de punição da greve com demissões, criminalização de lideranças ou ataques ao direito de greve e de livre organização.
PELA APLICAÇÃO IMEDIATA DO PISO NACIONAL COM RESPEITO À CARREIRA!
"EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PUBLICA DE QUALIDADE"
TODO APOIO À GREVE DO MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL!
A FRENTE É COMPOSTA POR: SINTESPE - SINTRATURB - SINDPD - SINTRAFESC - SINTAEMA - ADESSC - SEEB - SINTRASEM - MST - CSP - CONLUTAS - SINERGIA - ANEL(Estudantes) - CUT - CTB - INTERSINDICAL - APRASC - SINDSAÚDE - SINDPREVS/SC - APRASC - SINDSAÚDE/SC - SINDPREVS/SC - SINDASPI/SC -
Fonte: http://www.sinte-sc.org.br